Indicadores de Empregabilidade

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APOIO ESTATÍSTICO PARA ELABORAÇÃO DO PLANEJAMENTO DE ENSINO PROFISSIONAL TECNOLÓGICO

INDICADORES DE EMPREGABILIDADE

Como o ensino profissional e tecnológico pode contribuir na resiliência das desigualdades sociais e regionais em Mato Grosso, é o que os dados estatísticos a seguir se propõem a orientar.

O governo de Mato Grosso, a partir de sua Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação (Seciteci), tem uma rede de escolas técnicas profissionalizantes distribuídas pelas diversas regiões do Estado. O grande desafio dessa estrutura é compreender as demandas de cursos técnicos de cada município, considerando que Mato Grosso convive com profundas desigualdades regionais, e ofertar vagas, sejam nas escolas ou fora delas (cada escola atende municípios vizinhos), para que o cidadão e aluno possam concluir o curso alcançando empregabilidade e aperfeiçoando sua noção de empreendedorismo.

Os dados da TABELA 1 (INDICADORES DO ENSINO PROFISSIONAL) demonstram que uma maior qualificação representa também uma maior renda individual. A mesma tabela nos permite identificar que entre homens e mulheres há diferenças de renda, sendo que as mulheres ganham menos no Brasil e também em Mato Grosso. Neste ponto específico, a Seciteci tem se esforçado para compreender o fenômeno e identificou, através de um estudo sobre a evasão escolar, parte do motivo: as mulheres são as que mais abandonam os estudos em sua rede, e por razões como cuidar dos filhos e outros ligados a condição delas como “chefe de família”.

Por outro lado, na renda entre brancos e pretos ou pardos, a histórica diferença que aponta os brancos ganhando mais no Brasil, é bastante menor em Mato Grosso, da mesma forma como a quantidade de pessoas vivendo na extrema pobreza é muito inferior no Estado, do que a média nacional.

Na TABELA 2 (ESTUDO DE DEMANDA), o estudo apresenta dados econômicos e sociais de cada um dos 141 municípios de Mato Grosso, em planilha excel e seu RESUMO EM POWER BI. Nela temos aspectos que vão desde a urbanização, perfil da economia através do PIB, percentual de famílias dependentes de programas sociais do governo federal, produção agrícola e pecuária, dentre outros indicadores.

A TABELA 2 apresenta também dois indicadores criados pela Seciteci, através de algoritmos: 1) o grau de empregabilidade, onde é identificada a capacidade de absorção de mão de obra e 2) o grau de empreendedorismo, em cada município de Mato Grosso.

Como produto, a TABELA 2 aponta a quantidade de cursos técnicos profissionalizantes que cada um dos 141 municípios de Mato Grosso necessita nos próximos 4 anos, o que pode orientar uma política pública na distribuição de entidades, como a própria Seciteci, para atendimento dessa demanda, respeitando o perfil sócio econômico dos municípios.

Além disso, considerando que a Seciteci também é constituída pela Superintendência de Inovação, com seu Parque Tecnológico, e que cada escola técnica profissionalizante da rede é um braço do Parque, produzindo ciência e pesquisas, fomentar processos produtivos que envolvam tecnologia é também uma forma de contribuir com as resiliências as desigualdades sociais e regionais em Mato Grosso.

E entendendo que estimular o uso da tecnologia na agricultura, especialmente na familiar (os dados da TABELA 2 mostram sua forte presença e importância nos municípios do Estado) é uma grande ação de política pública, temos justificado o envolvimento da Seciteci em projetos como o “campo conectado” que leva, por exemplo, a “internet das coisas” ao campo ou a “plataforma de resiliência às mudanças climáticas” produzida com tecnologia de bolsistas do Parque Tecnológico de Mato Grosso, que se esforça em manter as riquezas naturais de Mato Grosso como um bem comum sempre útil a sociedade.